Niterói foi destaque nesta segunda-feira (11) na Conferência das Nações Unidas para o Clima, a COP 29, que acontece em Baku, no Azerbaijão. A cidade foi citada como referência na adaptação para proteger a população diante das mudanças climáticas.
Os investimentos em contenção de encostas, a qualificação da Defesa Civil e as obras de drenagem em mais de 500 vias foram citados como exemplos a serem seguidos por outros municípios.
Axel Grael, vice-presidente da Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP), destacou a importância da cooperação entre os governos federal, estadual e municipal para enfrentar os desafios climáticos, além da necessidade de viabilizar recursos e capacitação técnica.
“Niterói está fazendo seu dever de casa, mas é urgente garantir financiamento e capacidade técnica para que outras cidades possam agir de forma efetiva,” afirmou Grael durante painéis na COP.
“Niterói está fazendo seu dever de casa. Mas, para aumentar o engajamento de outras cidades, o financiamento das obras precisa ser resolvido nos níveis global, nacional e local. É urgente a mitigação das consequências dos gases do efeito estufa. É urgente enfrentar o desafio da captação de recursos e da capacidade técnica de muitas cidades para que a solução não fique limitada ao discurso”
Investimentos
Desde 2013, Niterói investiu cerca de R$ 1 bilhão em mais de 150 obras de contenção de encostas e R$ 500 milhões em drenagem e pavimentação. A cidade realiza obras de urbanização em diversas comunidades, com melhorias em drenagem, pavimentação, contenção de encostas, acessos revitalizados, áreas de convivência e pontos de coleta de lixo. Estão previstas também novas áreas de iluminação em LED e paisagismo.
Na Defesa Civil, o município aplicou mais de R$ 200 milhões em um sistema avançado de proteção, com tecnologias avançadas, incluindo 46 pluviômetros automáticos, 37 sirenes e um radar meteorológico.
Além disso, já foram capacitados mais de 3 mil voluntários em 153 Núcleos de Defesa Civil, reforçando a atuação preventiva e comunitária. Recentemente, a cidade adquiriu 8 estações hidrológicas e 3 meteorológicas, e, em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF), desenvolve sensores barométricos e Inteligência Artificial para monitorar alagamentos.
